Sinto-me livre,
mas não de todo. Eu sinto a alma completa de inspiração e ambição, mas oca sem
o teu amor. Sinto o corpo forte e jovem, mas inútil sem ti. Liberdade consiste
nisso? As memorias ainda frescas: nossos lábios, dedos entrelaçados nos meus,
aroma do teu perfume. Está tudo tão fresco, como se fosse ontem. Estou livre, e
não estou. Eu domino a mente, dando-lhe a maior liberdade, ela aceita-a e
delira. Mas o coração, o coração não quer ser livre. Provisoriamente. Coração
um tolo vidrado em ti, está preso por ti e rasteja aos teus pés. Coração?
Fragmentos dele. Partes que conseguiste não destruir ao todo. Pedaços que a
tempos chamavas do coração que te pertencia. É comovido pela chama. É tudo o
que nos resta. Uma ligeira paixão, umas boas memorias e a total libertação do
ser.
03-04-2013
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