domingo, 31 de março de 2013

Deixem-me viver




A minha vida não gira a volta de ninguém, pelo menos assim costumava ser. Eu quero ser livre. Eu sempre o quis. Eu quero ser eu, como fui, a tempos.
É simples. Deixem-me sozinha, imersa na alma e pendurada na vida, deixem-me errar o que tiver de errar, será isso demais? Será isso um erro? Erro de querer errar? Erro de querer viver? De querer ser eu, de querer ter o meu canto. O meu abrigo. Deixem-me. Esvaziem-me. Abandonem os meus refúgios, e deixem-me neles depositar. Saem dos meus deslizes e deixem-me arrepender. Ou não.
Mas será que não conseguem ver o óbvio? Ou não o querem ver? Ou não o entendem  tão obviamente óbvio que ele é. Ou será que sou eu que sou excessivamente egoísta? O que será?
Não quero perder-me, mas se o fizer, não quero  voltar. Eu quero ficar, e apreciar todas as direções possíveis, para que eu possa sair, por mim mesma. Não o façam por mim. Deixem-me fugir. E não me procurem. Deixem-me perder. E não me encontrem. Deixem-me respirar. E não me sigam.

Deixem-me viver.



13-12-12

Sem comentários:

Enviar um comentário