A tremer, tento escrever-lhe apenas duas linhas. Acho que bastarão para lhe fazer sentir especial. E se não for assim, me desculpe. Talvez não sou o suficiente para si, talvez não sou quem sempre procurou. Me desculpe. Me perdoe. Eu serei melhor. Me diga qual é a sua definição de perfeição. E eu, irei arranjar limites que conseguissem constituir de molde para mim e tornaria me na tua perfeição. Sim eu faria isso. Eu mudaria o meu ser e deixava a alma presa no além. Eu vivia o resto dos meus dias fingindo ser alguém que talvez nunca desejasse ser mas alguém que você preferiu e sempre sonhou ter. Sim eu também faria isso. Sabe porque ? Porque eu amo você. Sem jeito algum, sem sentido nenhum. Arranque-me já tudo o que sobrou do coração. Não há nada a esconder, pois não há. O que é demasiado, torna-se estorvo e fatigante. Envergonho-me deste amor. Ele torna-me fraca, tira-me forças, suga a cor do meu mundo. Do meu mundo tão a parte do teu. Tão diferente do teu. Tão distante do teu. Ele me tortura. Machuca-me e corta-me aos pedaços. Mas eu sei, que haverá alguém, tão louco e perturbante como eu. Que irá procurar por todos estes pedaços espalhados pelo preto e branco. Irá junta-los da maneira certa. Encaixar peça com peça. E mover-se comigo em frente, seguindo a luz. A nossa luz.